Outras palavras...

Este é o blog do movimento de luta pelo revestimento do canal do jordão. Desde 1999 lutando para acabar com as enchentes do bairro do Jordão. Aqui você encontra toda a verdade sobre o revestimento do canal do Jordão. Pesquise e veja que essa obra só saiu por causa da nossa luta e nossa amizade com o partido dos trabalhadores (PT) no qual Dilson Protético foi filiado.


Estamos acompanhando as obras do canal do Jordão desde o seu início até o final. Queremos agradecer ao Governo do Estado, em especial a secretaria das cidades, através da CEHAB, pelo início desta obra. O movimento de luta pelo revestimento do canal do Jordão vem lutando por esse sonho e só através de um governo popular, estamos vendo ele sair do papel. Além das obras do canal, você pode ver as postagens antigas, que mostra como conseguimos esta obra. Este blog é seu, divulgue-o.

quarta-feira, 19 de março de 2014

"APÓS REPORTAGEM DO DIÁRIO DE PERNAMBUCO, NADA MUDOU EM RELAÇÃO ÀS CALÇADAS DO NOSSO BAIRRO"


Cidadão repórter »Faltam calçadas no passeio público do Jordão

Mariana Fabrício - Diario de Pernambuco
Publicação: 07/05/2013 10:57 Atualização: 07/05/2013 11:02

Único espaço para passagem nas vias é bastante curto e entre as residências e a pista há uma vala aberta onde escorre esgoto. Foto: Mariana Fabrício/Esp.DP/D.A Press
Único espaço para passagem nas vias é bastante curto e entre as residências e a pista há uma vala aberta onde escorre esgoto. Foto: Mariana Fabrício/Esp.DP/D.A Press
A estrutura das calçadas do Recife é assunto constante no fórum de jornalismo colaborativo do Pernambuco.com, Cidadão Repórter. Reclamações sobre acessibilidade e buracos estão entre os mais debatidos. Desta vez, a denúncia é sobre a ausência do passeio público nas ruas Dr. Álvaro Ferraz e Alberto Lundgren, localizadas em Jordão Baixo. O único espaço para passagem nas vias é bastante curto e entre as residências e a pista há uma vala aberta onde escorre esgoto. Em dias de chuva o canal transborda e a água suja invade as casas. Para atravessar, os moradores constroem placas de cimento e, com a falta de espaço, os pedestres disputam a rua com os veículos.

O aposentado José Roberto, 52 anos, mora há 30 anos na rua Dr. Álvaro Ferraz e conta que se sente inseguro em estar na frente de sua casa pelo pouco espaço que existe. Roberto é cadeirante e costuma ficar todas as tardes “olhando o movimento” na calçada que mandou construir antes de morar no local. Para sair, ele precisa utilizar a garagem do vizinho. A dificuldade é diária. “Eu queria poder ficar mais tranquilo aqui, mas não me sinto seguro. Além de não ter espaço suficiente, os carros ainda passam na maior velocidade”, afirma.

José Roberto, 52 anos, teve que mandar construir a sua própria calçada para garantir a acessibilidade. Foto: Mariana Fabrício/Esp.DP/D.A Press
José Roberto, 52 anos, teve que mandar construir a sua própria calçada para garantir a acessibilidade. Foto: Mariana Fabrício/Esp.DP/D.A Press
Assim como Roberto, outros moradores também construíram uma rampa de acesso para a pista. A maioria utiliza placas de cimento para tampar a vala. Cada um improvisa do seu jeito, o que provoca um desnível e torna impossível a passagem dos pedestres. “Aqui os moradores fazem sua própria calçada, do jeito que quiser, aí fica tudo errado desse jeito impedindo a gente de caminhar tranquilo. Temos que andar no meio da rua mesmo”, conta a doméstica Maria da Silva, 78 anos.

Além do medo de caminhar pela pista, os transeuntes também temem pela falta de sinalização. “Aqui é horrível para atravessar. Já fizemos um abaixo assinado no bairro e entregamos para a Prefeitura, mas nada foi feito. Pedimos apenas que lombadas fossem construídas ou que colocassem algum sinal”, justifica o mecânico José Arruda, 33 anos.

Outro problema provocado pelas canaletas abertas é o alagamento. No inverno a água do canal transborda e invade as casas. Como prevenção, as pessoas constroem pequenos muros nos portões. “Com qualquer chuvinha ninguém sai de casa. A rua vira um lago e acaba entrando. Já perdi alguns móveis por causa disso. Moro aqui há quarenta anos e acho que essa situação não tem mais jeito, vai ser sempre assim mesmo”, lamenta a dona de casa Maísa Sales, 64 anos.

Já a rua Alberto Lundgren, por estar localizada próximo ao terminal do bairro, o movimento de veículos é intenso, principalmente de ônibus. Em toda extensão há diversas paradas, mas subir nos coletivos torna-se um transtorno para os passageiros, pois a maioria dos pontos fica bem próximo às valas abertas. “Isso aqui atrapalha demais. Sinto muito medo de atravessar. A gente precisa ficar distante da parada para não cair nesse buraco porque já teve bastante acidente até mesmo com gente idosa”, alerta a estudante Camila Lima, 19 anos.

De acordo com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), as canaletas fazem parte do sistema de água pluvial e o esgoto encontrado no local é derivado de ligações feitas pelos moradores. Segundo a assessoria do órgão, foram construídas placas de acesso às moradias, mas algumas foram quebradas por veículos pesados. A Emlurb ainda afirmou que está fazendo um estudo para uma nova forma de gerir o sistema de água pluvial. “As tampas de concreto serão colocadas em toda extensão da via de forma que não prejudique a ação de limpeza nas canaletas e que traga mais segurança e conforto aos moradores”, acrescentou em nota.

Sobre a sinalização nas duas ruas citadas, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), informou que um representante da comunidade deverá ir até a Companhia para solicitar pessoalmente o serviço. A CTTU fica localizada na rua Frei Cassimiro, n° 91, no bairro de Santo Amaro. O atendimento também pode ser feito através do telefone 0800.81.1078.

Nenhum comentário:

Dilson Martins